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Flutuação no Abismo Anhumas

Abismo Anhumas

A beleza pode ser subjetiva, mas a adrenalina, não. Pode ser difícil avaliar qual é o melhor passeio ou a mais bonita visita entre as atrações naturais de Bonito – a 260 km de Campo Grande (MS) –, mas quando se pergunta a quem já visitou a cidade qual é seu passeio mais “radical”, a resposta é a mesma: o Abismo Anhumas. Como uma caverna, a diferença do Abismo Anhumas para as demais muitas grutas e cavernas da região é a entrada única, no caso de Anhumas, e vertical. Por isso, o acesso é feito em cordas, um rapel de 72 metros. O começo da aventura.

Na verdade, o “passeio” começa um dia antes. É que os monitores fazem uma espécie de treinamento com os visitantes, para verificar as condições físicas. Há uma idade e peso mínimos – 12 anos e 40 quilos – e quem tiver sobrepeso acentuado ou problemas com claustrofobia pode ser impedido de visitar o Abismo Anhumas. Mas os monitores garantem que é pequeno o índice de recusas para a atração que recebe, no máximo, 16 visitantes a cada dia.

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Do lado de fora, acesso não revela grandiosidade da caverna

De volta ao abismo, que fica a 23 km do centro de Bonito, a atividade começa cedo e vai avançar pela tarde, por isso recomenda-se levar sanduíches e guloseimas. A descida no rapel ocorre em duplas e, 72 metros abaixo, os visitantes chegam a um deque flutuante, onde os trajes de neoprene (para mergulhar) são vestidos enquanto os olhos se acostumam à pouca luz, que entra pela fenda que serve de acesso ao abismo. Dentro da caverna, a água tem temperatura de 18oC, e mergulhadores certificados podem fazer mergulho com cilindro. Os demais, como eu, vão fazer a flutuação usando apenas o snorkel – mas já há muito para ser ver.

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Na água fria, a guia deve ser seguida, indicando o caminho. Com a luz de sua lanterna, ela aponta o que há embaixo d´água, como estalagmites e algumas ossadas. Fora da água, a guia explica que os animais que caem no abismo não têm como sair de lá. “Com exceção das cobras, que podem sobreviver à queda, os demais morrem na queda ou afogados”, conta a guia, dizendo que os animais encontrados vivos são levados à superfície. Ah, a ossada era de um tamanduá.

Fora da água, também faz frio. O neoprene é retirado e vale a pena ter uma roupa seca para vestir. O mesmo guia fará o passeio em um bote inflável pelo lago, que no centro chega a 80 metros de profundidade (no mergulho com cilindro a descida é até 18 metros). A extensão do lago é aproximadamente a de um campo de futebol, embora pareça menor, diante das formações rochosas de até 20 metros. No bote, todas as perguntas podem ser respondidas, enquanto o monitor conta a história do abismo. Depois do desembarque, começa a subida.

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No bote, guia explica formações e descobertas sobre o abismo

Essa é a parte mais lenta e que pode fazer o passeio ser bastante demorado. A subida segue a mesma ordem da descida, ou seja, a primeira dupla que desceu será a primeira a voltar para a superfície. As cordas são novamente o caminho, em um lepar (ascenção pelas cordas), o que exige alguma força das pernas, sobretudo. Daí a diferença entre os tempos de subida de cada um… Há quem leve até 40, 45 minutos para subir. Quem tentar acelerar, pode cansar mais rápido e demorar mais tempo nas pausas para recuperação. O segredo, como nas longas caminhadas, é o bom e velho “devagar e sempre”. Afinal, o rapel é parte da atração.

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Como a descida, subida também é feita em duplas

Em tempo: além de mais “aventureiro” entre os passeios de Bonito, o Abismo Anhumas é também um dos mais caros: R$ 633 por pessoa incluído o rapel e a flutuação. Se o visitante precisar de transporte de Bonito para a atração, o preço sobe para R$ 723. Mais informações no www.abismoanhumas.com.br.

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