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Dia de finados

Aqui no Brasil, a prática ainda não é muito comum, mas alguns cemitérios já começam a oferecer “visitas turísticas”. No Rio de Janeiro, por exemplo, os cemitérios São João Batista, em Botafogo, e São Francisco Xavier, o Caju, têm até QR Codes para que os visitantes tenham informações sobre algumas das personalidades sepultadas por ali, como os cantores Cazuza, Tim Maia, Carmem Miranda e Tom Jobim. Mundo afora, a prática é bastante comum, algumas vezes por conta dos nomes famosos que ali descansam – como o túmulo de Eva Perón, no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires – e, outras, graças ao conjunto arquitetônico que exibem.

Esse é o caso de uma pouco óbvia visita turística em Guadalajara, a capital de Jalisco, no México. A cidade explora turisticamente o “Museo Panteón de Belén”, fechado desde 1896 e, como o nome sugere, transformado em museu. Sua instalação ocorreu entre os anos de 1843 e 1848, ao lado do Hospital de Belén, inaugurado em 1793. O nome original é Cemitério de Santa Paula, em homenagem à santa a que foi dedicada a capela no centro do pátio visitado. Enquanto muitos dos mausoléus exibem traços neogóticos e do movimento romântico, a capela central tem influência egípcia e, em seu subsolo, descansam os restos mortais de algumas das autoridades da época.

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Capela no centro do pátio do cemitério, dedicada a Santa Paula

O cemitério abriga o mausoléu de algumas famílias renomadas do México, como os Cuervo – sim, aqueles da tequila José Cuervo –, e as lápides demonstram a ação do tempo, com o desgaste das inscrições esculpidas nas pedras. Ainda assim, é possível ler nomes, observar as datas e, no túmulo das crianças, perceber como até hoje os visitantes deixam oferendas como doces e brinquedos. As visitas guiadas podem ser realizadas de dia ou de noite e, nos dois casos, uma série de lendas, algumas baseadas em fatos reais, enchem a imaginação dos visitantes.

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Lápides mostram a ação do tempo no cemitério que deixou de ser utilizado para esse fim ainda no século 19

 

As visitas diurnas ocorrem de terça-feira a sábado, entre as 9h e as 14h. Quem quiser visitar a noite, pode fazê-lo entre as quintas-feiras e os sábados, das 20h à meia-noite. Apesar das lendas contadas encantarem os visitantes, a visita guiada inclui informações importantes sobre o desenvolvimento arquitetônico do museu e de outras resistentes construções de Guadalajara, especialmente aquelas dos séculos 18 e 19. Mais informações no www.cultura.guadalajara.gob.mx.  Para ler mais sobre o que os arredores de Guadalajara têm a oferecer, clique aqui

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