Na próxima sexta-feira, dia 13 (!), o Newseum, um dos mais bacanas museus de Washington DC (e olha que a competição é duríssima), abre a exposição “Inside Today´s FBI: Fighting Crime in the Age of Terror” (Por dentro do FBI atual: A luta contra o crime na Era do Terror, em tradução livre). Sem dúvida, a exposição é um atrativo e tanto para visitantes, mas… Quer saber a verdade? O acervo permanente já vale muito a visita… Mas que permanência pode haver em um museu dedicado à notícia?
Essa é a questão. Apesar de ser conhecido como o “museu da notícia”, o Newseum vai muito além disso, desde sua proposta original. Embora o belíssimo edifício da Pennsylvania Avenue, o National Mall de Washington, que serve de endereço ao museu tenha sido inaugurado em 2008, o Newseum já existia antes de 2000. Foi nesse ano que o Freedom Forum, onde ele funcionava, em Arlington, na outra margem do rio Potomac, decidiu muda-lo para Washington DC.
Para a mudança, o Newseum, dedicado a homenagear a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que defende a liberdade de expressão, entre outras, fecha suas portas em 2002. Escolhido seu futuro endereço, em pleno National Mall, o museu começa a ser construído tendo como inspiração para seu desenho a mensagem: “uma janela para o mundo”. E o arquiteto James Stewart Polshek e o designer Ralph Appelbaum “construíram” essa janela, aberta para a Pennsylvania Avenue. Na fachada, em vidro e mármore, estão escritas as 45 palavras da Primeira Emenda.
Desde 11 de abril de 2008, o Newseum ocupa o edifício de seis andares e subsolo, com acervo que traz a história da notícia, do jornalismo e da imprensa, mas, principalmente, a história do “hoje”. Diariamente, no último andar, são atualizadas as capas de dezenas de jornais de todo o mundo (e essa função pode ser vista no site do museu, no “Today´s Front Pages). Ok, pode ser uma curiosidade específica de jornalista, querer ver como uma notícia internacional é representada mundo afora. Mas o museu tem acervo para além das curiosidades jornalísticas…
Entre eles, a reabertura da exposição do FBI, na próxima sexta-feira. Quando visitei, a área contando os 100 anos de trabalho da agência já era impressionante. Agora, deve ganhar ênfase no combate ao terror. Mas o maior ataque terrorista já sofrido pelos Estados Unidos tem muito espaço no museu sendo, sem dúvida, uma das seções mais visitadas. Fica no nível 4, onde é possível ver, inclusive, uma parte da antena que existia no alto de uma das torres gêmeas destruídas em setembro de 2001. As paredes que rodeiam a área onde está a antena estão repletas de capas de jornais de 12 de setembro, mostrando como o mundo repercutiu a notícia.
É de tirar o fôlego, assim como muitas das fotos expostas no nível térreo, na área dedicada à exposição das fotos ganhadoras do Prêmio Pulitzer, uma espécie de “Oscar” do jornalismo. Os visitantes que apreciam história, vão gostar de ver, também, o pedaço do Muro de Berlim que foi doado ao museu, bem como uma das guaritas de vigilância instaladas ao longo do muro que dividiu a Alemanha em dois países. Tudo vale a pena no Newseum, inclusive dedicar tempo à visita. E uma boa sugestão é imprimir no site o “guia de visitação”, um arquivo em PDF, em português! Para isso e para acompanhar as novidades do Newseum, aberto diariamente, das 9h às 17h, vale consultar o site www.newseum.org. Os ingressos, para adultos, custam US$ 23.
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